quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Wedding fellings






Todos nós merecemos a felicidade, altos, baixos, narigudos, magrelos, pançudos e por aí vai. Junto com a felicidade, a coisa mais valiosa que temos em nossa vida é o amor. O amor por nós mesmos e pelo outro.
Eu amo gente, eu amo estar cercada de pessoas, amo todas que eu conheço e amo as que eu ainda estou por conhecer. A nossa presença aqui é muito valiosa, às vezes acho que cada sorriso, cada abraço, cada lágrima deveria ser fotografado e imediatamente colocado no “álbum da vida” para que tudo aquilo fosse eternizado em uma imagem. Para quando lá no fim, sentarmos e nas mãos tivermos esse álbum que servirá como uma biografia, como em um grande flash back, deixar a nostalgia invadir nossa mente, relembrando tudo e todos que fizeram nossos corações baterem mais forte. O que um monte de fotos de casamento não faz com a gente...kkk

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Rodízio



Bons tempos. Lembra quando ele abria a porta, levava flores e uma garrafa de Grapette em cada encontro no portão de casa, te levava no cinema e pegava na sua mão com a maior delicadeza, te chamava para tomar um simples milk shake e você já achava um máximo? Não eu não lembro, estava ainda nas partes baixas do meu pai. Como devia ser bom quando o mistério, todo encanto, aquela parte que o nosso coração palpita e que a nossa barriga fica cheia de borboletas duravam messes. Ta, tudo bem que não precisava ser tão demorado e que os limites do portão poderiam ser aliviados, mas se a troca de olhares, as palavras gaguejadas, os passeios, as conversas e tudo aquilo que hoje dura meia hora ou 15 min dependendo de que horas são da madrugada voltassem a existir iria ser incrível. Movimentos robóticos e frases parecidas com as gravações das nossas operadoras telefônicas: Digite1 para: Aonde você estuda? Digite 2 para: Aonde mora? Digite 3 para: Nossa você parece mais velha! Você até sabe o que o carinha vai dizer e isso beira ao tédio ou no máximo faz as pessoas aderirem ao rodízio e seguirem em frente. Saudades das expectativas, de descobrir que além de um cara legal, de uma boa conversa, de um charme inconfundível (que ás vezes só você achou nele), do respeito e da parceria vocês tem o chamado “lance epidérmico” sabe? Aquele lance de ficar sobre efeitos quando ele, sem querer encosta em você, de ficar boba com o cheiro dele, seu rosto derrete quando ele o segura, quando os dois fazem um só e perceber que tudo faz sentido. É, mas como falei no começo, bons tempos.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

"Saudade mata a gente menina"


Sabia que doía, mas não tanto como dessa vez. Nos rostos marcas do tempo, cabelos grisalhos, a menina que não é mais uma criança, o colo da avó, minhas irmãs, o irmão que mora longe, o lugar que eu chamei de casa praticamente a vida inteira hoje é o lar de outro alguém. Saudade da presença e da ausência consentida de todos vocês. De saber se estão bem ou cheios de problemas, se ainda fazem churrasco todo domingo, escutar aquela coisa pequena falando que eu sou bunduda, tomar chimarrão, conversar com a vizinha pelo portão enquanto os cachorros fazem a maior bagunça no jardim. Cada rua, cada esquina, todos os momentos que eu passei e saudades dos que não existiram. Voltei a uma parte da minha vida que havia deixado para trás por descuido. Tantos sorrisos, tanta alegria em rever, tanta coisa para se dizer e todo aquele sentimento que nunca muda. Saudades de mim, tudo que eu fui e daquilo que me fez ser quem eu sou. Meu Deus, como foi doído ir embora e como doem todas as saudades. Como dizia Chico “Saudade mata a gente, saudade mata a gente menina”.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dá pra parar?!


Tem dias que simplesmente acontece, a gente acorda feliz da vida e sem motivo nenhum. São tantas coisas para esperar, tanta ansiedade no ar, que to até pra rimar! Porque isso acontece? Sei lá Isabella, dá pra parar com isso?! Odeio essa mania de querer saber o porquê de certos comportamentos, antropologias culturais e biológicas são interessantes, mas se entrasse a fundo nesses assuntos ai iria ser mais paranóica do que já sou. Talvez daqui dez minutos não esteja mais com toda essa euforia galanteadora, o que geralmente acontece, até admito meu quadro de bipolaridade, mas minha mãe não me escuta, diz que eu preciso é de umas bordoadas e uma vassoura para varrer a casa. Mas sobre o “acordar feliz da vida”, sim estou feliz da vida, e eu realmente queria saber o motivo, pois estou sem inspiração para escrever. Necas, branco, nada, e niente. Não que eu WOW “escreva”, mas onde foi parar meu lado poético ou aquele que faz algum sentido, que me faz querer vir correndo e contar tudo para as três pessoas que lêem o que coloco aqui? Será que isso significa que a melancolia e a lamentação são minhas fontes inspiradoras e tenho meu lado emo aflorado? Caramba que horror. Sem nenhum acontecimento bárbaro, sem nenhuma paixão que me faça divagar sobre como meu coração faz tica tica bunti, meu futuro é incerto e o de todos é, mas e daí? então sobre o que falar? Sei lá Isabella, dá pra parar com isso?!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Mother, I'm coming home.


Escutar música pela manhã é extremamente diferente de escutar a qualquer outra hora do dia, pelo menos para mim. Não passa uma palavra sequer despercebida aos meus ouvidos. Hoje tenho que agradecer a Edward Sharpe and Magnetic Zeros que inspiraram minha mãe. Às vezes é tão bom agir pelo lado contrário e fazer aquilo que realmente queremos fazer. Muitas vezes falta aquele empurrão que só uma música, como hoje, pode nos fazer achar que não vamos nos atrasar para trabalhar e que passar pela Brava dar um BOM DIA SOL é a melhor coisa do mundo! Juro faz toda a diferença.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dear heart,


Quero me ver livre dele também. Ele tem que sair do lugar que eu quero que não pertença. Eu não me lembro de ter sido tão arrastado, pegajoso e lento assim com mais ninguém, você lembra? Concorda comigo, porque ele? Existiam tantas pessoas aquele dia, você sabe, meu alvo nem era ele, naquele tempo tinha a paixão platônica alta e cabeluda. Eu não acredito que eu fui cumprimentar, eu não acredito que você olhou daquela maneira para ele, nós caímos como quando alguém tropeça e não vê. Guardei cada momento, você não me deixou esquecer, mas eu te entendo, realmente foi especial, ou ao menos para mim foi. Fico pensando, porque a cada beijo que não era aquele, você não batia da mesma maneira, só a lembrança e o sentimento aumentavam cada vez mais. Lembro que tínhamos vontade de contar tudo pra ele, de como eu consegui meu emprego, sobre as pessoas legais que eu conheci, de como eu larguei o emprego, como você batia descompassado ao lembrar daqueles dias, da nota que eu tirei na prova, do meu estagio novo, do dia que eu olhei pro mar e lembrei que ele já esteve ali comigo. Eu sei que existe a cura e você também sabe, na verdade está bem na minha frente, a única coisa que eu não sei é se eu quero tomar desse remédio novamente, acho que você não agüentaria. Minha mente me engana você me engana, e a sensação de que sim, um dia vamos ter aquele frio na barriga que só ele fez nós sentirmos voltará. Meu Deus, porque tanta tristeza? Aquela tristeza que eu achei que havia ido embora, que eu sei muito bem você tinha dito que tinha ido embora. Tão pouco tempo, achei que o conhecia tão bem. Mas no fundo eu sei você me acostumou mal e eu deixei. Seja feliz, muito muito feliz, você queria dizer pra ele? É, também falaria. E que assim como quero o seu sorriso, quero mais ainda o meu porque no fim acho que dá na mesma.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Lorimar, velho lobo do mar


“Isa não adianta, você vai sentir quando olhar para a pessoa. Vai virar olhar, vai te dar um treco assim sabe, e falar: é esse cara ai que eu vou namorar. Eu era piloto, tenho essa barriga agora que, aliás, comecei a dieta e não como mais NAAAADA eim, mas na época era um MUST! Tinha uma namorada em cada estado, só Miss Piscina pra cima, um desbunde. Até que um dia, passando por Chapecó, a nona me chamou para ir a um churrasco da família dela e como não tinha nada para fazer eu fui. Toda aquela gente, uma festança só. Mas quando vi tua mãe sentada no meio de todas aquelas outras crianças, me deu um troço assim, e olha que ela nem era bonita! Brincadeira... (uma super gargalhada). Senti algo que nunca havia experimentado antes, era uma mistura de frio na barriga com um medo enorme, (nessa hora os olhos dele encheram d’água) e a única coisa que me veio a cabeça foi “é com essa mulher que eu vou me casar”. Eu acredito em destino. Fui largando todas as minhas namoradas, levando a família dela pra praia, leva ali, conversa aqui. Eu amarrei o danoninho numa cordinha e não é que fisguei a codorninha! (mais uma daquelas gargalhadas). Depois fugimos, montamos nossa casinha e estamos ai 20 e tantos anos de casado...Puta que pariu! Por isso que eu te falo, calma Isa tudo acontece na hora certa.”

Falar de você me emociona, falar de você é um prazer. Mas te escutar pai, não tem preço.